
Review | Art Basel Miami e o mercado de arte em 2022
Um dos eventos mais importantes do circuito global, a Art Basel Miami Beach reúne as principais galerias dos cinco continentes, que apresentam obras icônicas da arte moderna e contemporânea, bem como da nova geração de artistas emergentes. O evento, que aconteceu entre os dias 1 e 3 de dezembro, movimentou o Miami Beach Convention Center. Além da programação oficial, o evento contou com passeios autoguiados temáticos e virtuais, para que o público se aprofunde em temas como: Práticas Negras, Estratégias Queer, Século 20 e Orientações Ecológicas.
Confira os artistas em destaque selecionados pela nossa equipe de consultoria:
ARTISTAS
Alvaro Barrington (Caracas, Venezuela, 1983)
Alvaro Barrington vive e trabalha entre Londres, na Inglaterra, e Nova Iorque, nos Estados Unidos. Pinta abstrações vívidas e imponentes, que contemplam desde flores de hibisco até a vida de Marcus Garvey, ativista político. Criado entre o Brooklyn e o Caribe, utiliza materiais que, muitas vezes, remetem à sua infância, incluindo a costura. Sua produção traz referências do legado de artistas como Willem de Kooning, Henry Taylor e Howard Hodgkin, que pode ser percebida por meio da qualidade gestual e ousadia de suas composições.
Alvaro Barrington vive e trabalha entre Londres, na Inglaterra, e Nova Iorque, nos Estados Unidos. Pinta abstrações vívidas e imponentes, que contemplam desde flores de hibisco até a vida de Marcus Garvey, ativista político. Criado entre o Brooklyn e o Caribe, utiliza materiais que, muitas vezes, remetem à sua infância, incluindo a costura. Sua produção traz referências do legado de artistas como Willem de Kooning, Henry Taylor e Howard Hodgkin, que pode ser percebida por meio da qualidade gestual e ousadia de suas composições.

Christodoulos Panayiotou (Limassol, Chipre, 1978)
Christodoulos Panayiotou vive e trabalha entre Limassol, no Chipre, e Paris, na França. Abrangendo múltiplos suportes, como escultura, pintura, vídeo, fotografia, intervenções arquitetônicas e performance, a pesquisa do artista se concentra na identificação e descoberta de narrativas ocultas nos registros visuais da história e do tempo. Muitas vezes, parte das histórias culturais antigas e modernas de Chipre e da Grécia como pano de fundo e ponto de partida.
Christodoulos Panayiotou vive e trabalha entre Limassol, no Chipre, e Paris, na França. Abrangendo múltiplos suportes, como escultura, pintura, vídeo, fotografia, intervenções arquitetônicas e performance, a pesquisa do artista se concentra na identificação e descoberta de narrativas ocultas nos registros visuais da história e do tempo. Muitas vezes, parte das histórias culturais antigas e modernas de Chipre e da Grécia como pano de fundo e ponto de partida.

Marcela Cantuária (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1991)
Marcela Cantuária vive e trabalha no Rio de Janeiro. Desenvolve pinturas que entrelaçam imagens históricas advindas do universo da política. Elabora narrativas de enfrentamentos a sociedade estruturada no machismo e na misoginia e, assim, cria seus vocábulos cujas particularidades são coesas com seu processo criativo, com sua paleta cromática e com as articulações que surgem das camadas abertas e latentes de suas tintas. As suas obras são reconexões com fatos sociais recorrentemente diminuídos, apagados ou mal tratados pela história, portanto seu corpo de trabalho busca dialogar com questões sobre a posição da mulher na sociedade, a luta de classes, a divisão de poderes, os estereótipos de gêneros e as disputas de sentidos políticos.
Marcela Cantuária vive e trabalha no Rio de Janeiro. Desenvolve pinturas que entrelaçam imagens históricas advindas do universo da política. Elabora narrativas de enfrentamentos a sociedade estruturada no machismo e na misoginia e, assim, cria seus vocábulos cujas particularidades são coesas com seu processo criativo, com sua paleta cromática e com as articulações que surgem das camadas abertas e latentes de suas tintas. As suas obras são reconexões com fatos sociais recorrentemente diminuídos, apagados ou mal tratados pela história, portanto seu corpo de trabalho busca dialogar com questões sobre a posição da mulher na sociedade, a luta de classes, a divisão de poderes, os estereótipos de gêneros e as disputas de sentidos políticos.

Mohamed Bourouissa (Blida, Argélia, 1978)
Mohamed Bourouissa vive e trabalha em Paris, na França. Descreve a sociedade contemporânea implicitamente por meio dos contornos de suas fotografias. Com uma visão crítica da imagem dos meios de comunicação, os personagens de suas fotografias e vídeos são pessoas deixadas para trás na encruzilhada da integração e da exclusão. Diferentemente das falsas construções midiáticas simplistas, o artista reintroduz a complexidade na representação das margens da hipervisibilidade.
Mohamed Bourouissa vive e trabalha em Paris, na França. Descreve a sociedade contemporânea implicitamente por meio dos contornos de suas fotografias. Com uma visão crítica da imagem dos meios de comunicação, os personagens de suas fotografias e vídeos são pessoas deixadas para trás na encruzilhada da integração e da exclusão. Diferentemente das falsas construções midiáticas simplistas, o artista reintroduz a complexidade na representação das margens da hipervisibilidade.

O MERCADO DE ARTE EM 2022
Além dos destaques do evento, a própria Art Basel divulgou recentemente um balanço que traça o cenário global de arte. O relatório da UBS+Basel 2022 traz insights importantes sobre as atividades e compras de colecionadores. As informações foram coletadas, principalmente, com base em dados analisados pela Arts Economics em parceria com a UBS.
A KURA selecionou alguns dos principais insights no que diz respeito aos temas que têm movimentado o mercado e seguem com projeção de alta para o próximo ano:
A KURA selecionou alguns dos principais insights no que diz respeito aos temas que têm movimentado o mercado e seguem com projeção de alta para o próximo ano:
Perfil dos colecionadores
A maioria dos colecionadores de alto patrimônio líquido pesquisados (78%) estavam otimistas com o desempenho do mercado de arte global nos próximos seis meses, um aumento de 4% em relação a pesquisas semelhantes no final de 2021. Dos entrevistados, 55% planejam comprar arte nos próximos 12 meses e 39% esperam vender obras de suas coleções. A pandemia também parece ter engajado iniciativas de doações filantrópicas entre alguns colecionadores, com 45% pretendendo doar obras para um museu nos próximos 12 meses - número bastante superior ao de 2020, quando apenas 29% disseram ter essa intenção.
As compras a preços mais altos também aumentaram - a participação dos colecionadores que compram obras avaliadas em mais de US$1 milhão quase dobrou, de 12% em 2021 para 23% no primeiro semestre de 2022.
A maioria dos colecionadores de alto patrimônio líquido pesquisados (78%) estavam otimistas com o desempenho do mercado de arte global nos próximos seis meses, um aumento de 4% em relação a pesquisas semelhantes no final de 2021. Dos entrevistados, 55% planejam comprar arte nos próximos 12 meses e 39% esperam vender obras de suas coleções. A pandemia também parece ter engajado iniciativas de doações filantrópicas entre alguns colecionadores, com 45% pretendendo doar obras para um museu nos próximos 12 meses - número bastante superior ao de 2020, quando apenas 29% disseram ter essa intenção.
As compras a preços mais altos também aumentaram - a participação dos colecionadores que compram obras avaliadas em mais de US$1 milhão quase dobrou, de 12% em 2021 para 23% no primeiro semestre de 2022.

Perspectivas comerciais
Apesar das incertezas persistentes sobre o impacto total da pandemia de COVID-19 em 2022, e num contexto que inclui outras preocupações políticas e econômicas, o comércio internacional de arte se recuperou fortemente. Importações globais de arte e antiguidades aumentaram 41% em 2021 e as exportações subiram 38% - apenas no primeiro semestre de 2022, os números aumentaram dois dígitos em relação ao mesmo período de 2021.
O relatório prevê que, se o crescimento no segundo semestre de 2022 tiver mantido o mesmo ritmo, o comércio transfronteiriço poderá atingir níveis recordes nos principais mercados de arte.
Apesar das incertezas persistentes sobre o impacto total da pandemia de COVID-19 em 2022, e num contexto que inclui outras preocupações políticas e econômicas, o comércio internacional de arte se recuperou fortemente. Importações globais de arte e antiguidades aumentaram 41% em 2021 e as exportações subiram 38% - apenas no primeiro semestre de 2022, os números aumentaram dois dígitos em relação ao mesmo período de 2021.
O relatório prevê que, se o crescimento no segundo semestre de 2022 tiver mantido o mesmo ritmo, o comércio transfronteiriço poderá atingir níveis recordes nos principais mercados de arte.

Canais de compra
Para 74% dos colecionadores, as feiras são o principal canal de compra de obras de arte. O dado mostra crescimento no primeiro semestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, quando apenas 54% responderam comprar em feiras. Para o colecionador, o contato presencial com a obra é um fator importante: 65% relataram que compraram uma obra através de um evento presencial.
No primeiro semestre de 2022, 93% dos colecionadores responderam que compraram obras de arte, independente do canal, seja por meio de uma galeria ou art advisor, seja diretamente, online ou em uma feira.
Para 74% dos colecionadores, as feiras são o principal canal de compra de obras de arte. O dado mostra crescimento no primeiro semestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, quando apenas 54% responderam comprar em feiras. Para o colecionador, o contato presencial com a obra é um fator importante: 65% relataram que compraram uma obra através de um evento presencial.
No primeiro semestre de 2022, 93% dos colecionadores responderam que compraram obras de arte, independente do canal, seja por meio de uma galeria ou art advisor, seja diretamente, online ou em uma feira.

Sustentabilidade
Os colecionadores estão mais preocupados com o impacto ambiental e as pesquisas revelaram que estão mais dispostos a gastar mais para colecionar de forma mais sustentável. Mais da metade, 57%, está disposto a pagar até 25% mais por opções que reduzem o impacto de suas compras. No entanto, apesar da maior conscientização e preocupação com a sustentabilidade, a maioria dos colecionadores alegou estar disposto a viajar mais: 77% disseram que planeja viajar para mais feiras, exposições ou eventos no exterior em 2023; 11% sentem que seus planos de viagem permanecem os mesmos; e apenas 12% esperavam viajar menos.
Os colecionadores estão mais preocupados com o impacto ambiental e as pesquisas revelaram que estão mais dispostos a gastar mais para colecionar de forma mais sustentável. Mais da metade, 57%, está disposto a pagar até 25% mais por opções que reduzem o impacto de suas compras. No entanto, apesar da maior conscientização e preocupação com a sustentabilidade, a maioria dos colecionadores alegou estar disposto a viajar mais: 77% disseram que planeja viajar para mais feiras, exposições ou eventos no exterior em 2023; 11% sentem que seus planos de viagem permanecem os mesmos; e apenas 12% esperavam viajar menos.
Outros dados:
74% de todas as obras de arte importadas para os EUA chegam de apenas cinco países; 43% dos colecionadores de alto patrimônio líquido compravam apenas artistas com cujo trabalho eles conheciam em 2022, e quase metade deles estava aderindo apenas trabalhos comercializados por galerias com quem trabalharam no passado. Parte da coleção de arte do cofundador da Microsoft Paul Allen, foi arrematada por US$1,5 bilhão, batendo o recorde para a coleção de arte de um único proprietário mais valiosa já vendida em leilão – tudo isso em apenas um dos dias do leilão na Christie's.
74% de todas as obras de arte importadas para os EUA chegam de apenas cinco países; 43% dos colecionadores de alto patrimônio líquido compravam apenas artistas com cujo trabalho eles conheciam em 2022, e quase metade deles estava aderindo apenas trabalhos comercializados por galerias com quem trabalharam no passado. Parte da coleção de arte do cofundador da Microsoft Paul Allen, foi arrematada por US$1,5 bilhão, batendo o recorde para a coleção de arte de um único proprietário mais valiosa já vendida em leilão – tudo isso em apenas um dos dias do leilão na Christie's.
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